"Difícil não é lutar por aquilo que se quer, e sim desistir daquilo que se mais ama.
Eu desisti. Mas não pense que foi por não ter coragem de lutar, e sim por não ter mais condições de sofrer." Bob Marley.
Coloquei essa frase ontem no meu facebook. E logo em seguida tirei porque não acreditava que ela estivesse refletindo meu atual momento. Mas como dizia Freud: "No subconsciente não há enganos." Ela diz muita coisa da minha vida há algum tempinho atrás.
Durante esses dias olhei para algumas situações em minha vida e me vi remando enlouquecidamente contra o rio. E nessa correria insana me vi fazendo coisas que não condiziam com minha personalidade, não que eu estivesse sendo dissimulada, mas que desvia completamente da minha proposta de vida por amor ao meu trabalho e ao que faço. Não estava nem conseguindo me concentrar no meu trabalho direito. O espetáculo está aí e tenho que estar inteira, com os pés fincados no chão.
É muito ruim olhar para algo que queremos tanto e chegar a conclusão de que foi um negócio mal feito, ou uma aposta errada ou mesmo uma pessoa que escolhemos de uma maneira um pouco torta. Foi frustrante olhar para algo que quis tanto, ter nas mãos e constatar que realmente foi um péssimo negócio. Mas enfim, desisti de sofrer, e de coração limpo por ter certeza de que fiz o possível e o impossível para dar certo me desapeguei.
As coisas acontecem de uma maneira interessante, abri mão de algumas coisas e acabei recebendo outras, abri mão para receber uma proposta melhor em algo maior. Dessa vez acho que vou remar a favor da corrente! E como é sempre bom olhar para dentro de si mesmo, dei uma vasculhada e vi em mim mesma uma dificuldade em receber. Tenho tentado consertar isso. Rola um confesso? Gostei dos resultados que me foram bem agradáveis. Quem disse que eu não posso receber nada da vida e que ela não pode ser menos trabalhosa e mais leve para mim? Mandei coisas pesadas e trabalhosas para longe e receber tem sido ótimo, gostei mesmo, até da massagem nos pés e da ajeitada de travesseiro debaixo da cabeça.
Ana Claudia